As pastagens são gramíneas forrageiras que vem da família das Poáceas ou Gramíneas (uma das principais famílias na divisão Angiospermas e da classe Monocotiledôneas) e são utilizadas como alimento pelos herbívoros desde o surgimento dos mesmos.
Domínio – Eukaryota
Classe – Liliopsida
Subclasse – Commelinidae
Ordem – Poales
Família – Poaceae
Com o passar dos anos, houve o desenvolvimento da atividade pecuária, as pastagens foram sendo modificadas e adaptadas, e hoje se diz que o capim é o alimento mais barato para os ruminantes. De fato, essa afirmação está correta. O pasto em si, quando bem manejado, é a fonte de alimento mais barata que existe na pecuária. Mas o que deve ser feito para se obter sucesso no manejo de pastagens?
Bom, existem muitos fatores que devem ser levados em consideração, e um deles é ajustar a taxa de lotação dos animais (UA/ha). No entanto, para que possamos ajustar a taxa de lotação (Unidade Animal por hectare) é necessário ter em mente qual o tipo de forrageira que estamos trabalhando.
As gramíneas são classificadas como plantas perenes, ou seja, possuem um ciclo devida longo, diferente das plantas anuais que possuem um ciclo de vida curto. E o fator que garante essa perenidade das forrageiras é a sua capacidade de rebrota após o pastejo ou corte.
Entrando um pouco na parte botânica da “coisa”, pode-se dizer que essa rebrota é garantida por estruturas denominadas de afilhos (Perfilhos), que advém das gemas basilares presentes no colmo da planta. Nesses afilhos, temos meristemas apicais que garantem o surgimento de novas folhas. Assim, a pastagem é uma população de afilhos em constante renovação. Por esse motivo, a planta tem um ciclo mais longo (Perene), pois está constantemente substituindo esses afilhos e renovando suas estruturas.
É válido lembrar que, após o pastejo, o capim deve ter um tempo ideal de rebrota, antes de voltar a ser pastejado novamente. Geralmente, nas braquiárias, o tempo de rebrota é de um intervalo de 28 dias. Recomenda-se que esse tempo de rebrota seja respeitado para que não se esgote a planta e, futuramente, venha ocasionar uma degradação da pastagem.
Assim como toda planta, as gramíneas utilizadas para o pastejo possuem diferentes hábitos de crescimento, sendo eles ereto ou rasteiro. Desse modo, podemos separá-las em 2 grupos diferentes: as Cespitosas e as Rizomatosas.
Gramíneas Cespitosas são aquelas com hábito de crescimento ereto, ou seja, são as gramíneas que formam touceiras. Exemplos muito comuns desse tipo de gramíneas são: Brachiaria brizantha cv. Xaraés (MG5), Brachiaria brizantha cv. Piatã, Brachiaria híbrida cv. Mulato II, Panicum maximum Jacq. (Massai) e Panicum maximum BRS Zuri (Zuri).
Gramíneas do grupo Rizomatosas, também conhecidas como estoloníferas, são aquelas com hábito de crescimento rasteiro, isto é, não formam touceiras. Exemplos muito comuns desse tipo de gramíneas são: Brachiaria brizantha cv. Marandu (Braquiarão) e Urochloa humidicola (Humidicola).
Devido ao seu crescimento ereto, as gramíneas cespitosas exibem mais facilmente os seus meristemas apicais ao corte, portanto, devem ser manejadas com menor pressão de pastejo, isto significa, com uma menor taxa de lotação. Se os meristemas apicais forem cortados, o tempo de rebrota do capim será maior, levando mais dias para reentrar com animais na área. Por outro lado, as gramíneas rizomatosas suportam uma maior carga animal (maior UA/ha), uma vez que o crescimento é rasteiro e os meristemas apicais ficam menos expostos ao corte.
No entanto, vale ressaltar que para uma pastagem ser bem manejada, é necessário se atentar a pressão de pastejo (UA/ha) e respeitar os períodos de descanso do capim necessários à rebrota. Para obter mais informações sobre o assunto, os interessados podem acessar as conteúdos que disponibilizamos abaixo.
Referências